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PROPOSTA PARA O ENSINO/APRENDIZAGEM DO FRANCÊS COMO LÍNGUA ESTRANGEIRA: RELAÇÃO ENTRE DISCURSO E AÇÃO
Rudy Kohwer, Evânia Gomes da Silva

Última alteração: 15-12-2020

Resumo


Este trabalho, vincula-se a uma pesquisa mais ampla, a qual busca avaliar o desempenho oral e escrito de aprendizes do français langue étrangère (FLE).  Para tanto, recorremos à hipótese da semântica global de Maingueneau (2008), para propor que o ensino de língua estrangeira, assim como o discurso, não pode ser visto a partir de uma oposição entre superfície e profundidade. Nessa perspectiva, propromos, no projeto que deu oringem a este trabalho, reavaliar as contribuições teóricas da linguística estrutural e da psicologia behaviorista dos anos 1950, as quais embasam metodologicamente o discurso didático centrado na abordagem por competências de comunicação. Recorremos, do ponto de vista teórico, à análise de discurso, principalmente às quatro primeiras hipóteses de Maingueneau (2008) e à teoria da intencionalidade, da ação e da significação que se fundamente no campo da filosofia contemporânea da linguagem, sustentada por Searle (1969); Vanderveken (1992), a partir da filosofia analítica fregeana (1879), passando pela filosofia da linguagem ordinária de Austin (1962). As primeiras observações, as quais motivaram a elaboração do projeto de pesquisa que está sendo desenvolvido no Programa de Memória: Linguagem e Sociedadem da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, na cidade de Vitória da Conquista, BA, Brasil, indicam que o método em vigor não possibilita aos alunos uma aprendizagem satisfatória do francês. A partir das discussões desses resultados, buscamos contribuir para 1) o ensino universitário e particular da didática do francês, e 2) o campo científico da aprendizagem das línguas estrangeiras.    


Referências


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