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ENTRE PALÁCIOS E FRONTEIRAS: narrativas, política e criminalidade
Última alteração: 14-12-2020
Resumo
RESUMO: Pelo viés da crítica biográfica fronteiriça e dos estudos descoloniais, o presente trabalho tomará como metáforas da fronteira do sistema mundial colonial/moderno e da globalização a imagem de palácios que, em obras literárias, contemplam tais perspectivas. Trata-se do Palácio de cristal, utilizado por Dostoievski em “Memória do subsolo” (1864) e mais tarde por Peter Sloterdijk em seu livro intitulado: “Palácio de Cristal: para uma Teoria Filosófica da Globalização” (2008). Nestas obras, o palácio de cristal sintetiza o sistema global, indicando os países contemplados pelo projeto moderno. Em contrapartida, temos um palácio que alegoriza um cartel do narcotráfico, lugar que ambienta a obra Trabajos del reino (2004) do escritor mexicano Yuri Herrera. Tais metáforas, desdobrarão em espaços que compreendem uma América Latina omitida pelas narrativas da modernidade. Em suma, propomos aqui uma “contra-narrativa” que, por intermédio de leituras outras, empreenderá um trajeto em busca dos espaços que se perderam no desenrolar de narrativas alicerçadas por uma política ocidental da criminalidade.
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