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Mulheres do/no rap nacional: lutas do feminismo negro.
Maria Luisa Barbosa Martins, Neurivaldo Campos Pedroso Júnior

Última alteração: 14-12-2020

Resumo


No presente trabalho analisamos as falas de mulheres inseridas no âmbito da literatura marginal, mais especificamente no cenário do rap nacional, que produzem um discurso de enfrentamento e denúncia da realidade vivida por mulheres negras nas periferias brasileiras. Para tratarmos da posição da mulher subalterna e negra no Brasil atual é necessário traçar um percurso histórico que diferencie e especifique a trajetória da mulher negra com relação à trajetória da mulher branca. É nítido que as diferentes frentes do movimento feminista sempre existiram, mas antes de se entender o movimento feminista como tal e discernir suas diversidades, partimos do período de pós-escravidão, de luta dos povos negros, e da diferença nesse processo que tornou a luta da mulher negra claramente diferente à luta da mulher branca., e que se deixou uma dívida histórica enraizada socialmente. Utilizamos a teoria feminista negra como principal base a para nossa pesquisa, nos apoiando em nomes como Angela Davis, Bell Hook e Djamila Ribeiro, juntamente com a análise de letras de raps compostos por essas mulheres que utilizam de sua poesia marginal para lutar contra o machismo, o racismo, a desigualdade social, a violência policial, dentre tantos outros temas que são abordados em formato de denúncia em suas composições, temáticas essas que convergem para as teorias feministas utilizadas no aporte teórico.

 

Palavras-Chave: Mulheres; Rap; Feminismo; Resistência.

 


Referências


BUTLER, Judith. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade. Tradução de Renato Aguiar. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2003.

DAVIS, Angela. Mulheres, Cultura e Política. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo, 2017.

DAVIS, Angela. Mulheres, Raça e Classe. Tradução de Heci Regina Candiani. São Paulo: Boitempo: 2017.

HOOKS, Bell. E eu não sou uma mulher? mulheres negras e feminismo. Tradução de Bhuvi Libanio. Rio de Janeiro: Rosa dos Tempos, 2019.

RIBEIRO, Djamila. Quem tem medo do feminismo negro? São Paulo: Companhia das Letras, 2018.


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