A proposta deste artigo (escrito e fotográfico articulados entre si) evidencia uma estética outra de despolítica e despoética a partir de paisagens gastrobiogeográficas, sob um olhar outro da Arte, da Educação e da Gastronomia, em nosso lócus fronteiriço Mato Grosso do Sul. A discussão sobre a gastronomia a partir do conceito de gastrobiogeografia vem mostrar um caminho outro para além da culinária moderna. O referencial teórico utilizado para este artigo será Bessa-Oliveira (2019; 2016; 2013), Adolph Achinte (2014), Iracema Sampaio (2008), entre outros. Pensar na educação, na Arte e na Gastronomia da cultura sul-mato-grossense hoje em seu contexto epistemológico, podemos verificar uma grande presença colonial da modernidade onde os saberes estão centrados na prática ocidental e o colonizador ainda possui muito poder. A partir disso o pensamento crítico descolonial nos permite apresentar caminhos outros para uma epistemologia em que as práticas pedagógicas não se limitem, mas que exaltem as paisagens e contemplem as representações das diversidades culturais na educação e nas culturas.