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“Sua voz enfeitiçada, como música encantada, pelos ares viajante”: “escrever é uma maneira de sangrar” reflexões iniciais sobre branquitude, racismo e epistemicídio a partir da crítica aos contos de Jarid Arraes e de Conceição Evaristo
Íris Borges

Última alteração: 14-12-2020

Resumo


Este artigo busca apontar as reflexões iniciais de pesquisa de uma dissertação de Mestrado em Ciências da Linguagem, com foco em Linguagem e Cultura. A proposta é, a partir de críticas literárias acerca dos contos de Conceição Evaristo e Jarid Arraes, compreender as escolhas de suporte teórico feitas para construção das críticas, na perspectiva das noções de branquitude e de epistemicídio. Nesta pesquisa, a hipótese especifica seria a de que a escolha de um aporte que não faça uma análise crítica da branquitude como lugar de poder, implica em um epistemicídio, haja vista a construção histórica das posições analíticas forjadas a partir do “universal”: branco, burguês, masculino.


Palavras-Chave: Branquitude;  Epistemicídio; Linguagem; Literatura .



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