Tupã - Sistema Online de Apoio a Eventos do CLAEC, I Encontro de Estudos Fronteiriços: línguas e literaturas na fronteira

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MILONGUEANDO MEMÓRIAS: PAISAGENS DA NEGRITUDE SUREÑA NA CULTURA PAMPIANA
Jucelino Viçosa de Viçosa, Renato Ferreira Machado, Cleusa Maria Graebin

Última alteração: 04-01-2019

Resumo


O tema do estudo está relacionado com as contribuições da raça negra impressas na memória cultural do cone sul da América Latina, com a milonga entendida como ritmo base da sonoridade que caracteriza a musicalidade dessa região. Ressalta-se a paisagem construída a partir da subjetividade dos autores Jorge Luis Borges, Aníbal Sampayo, Vitor Ramil e João Sampaio como representantes da cultura pampiana que engloba países como Argentina, Uruguai e Brasil e tendo o pampa como horizonte ressimbolizado que extrapola os limites geográficos. A justificativa para a escolha dos autores deve-se em razão de diversidade temática, contemporaneidade poética e por transcenderem seus limites geográficos, ressignificando-os. Tem-se como objetivo geral evidenciar a presença de vestígios memoriais empregados pelos autores na construção de seus poemas; já os objetivos específicos caracterizam-se em: destacar a cultura negra no contexto da América Latina; ressaltar a memória como manifestação de traços do passado; e contextualizar a produção poética dos autores. A metodologia adotada é a pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos e sites especializados na temática. Serão enfocados poemas que registram a presença negra na construção da cultura latino-americana e os vestígios memoriais evidenciados em registros históricos, vocábulos e costumes, entre outros. O referencial teórico está baseado em Aleida Assmann (2011); Jô Gondar (2005); Maria Luiza Berwanger (2009); Maurice Halbwachs (1990); Michel Collot (2013) e Zilá Bernd (2013), entre outros. Por meio dos rastros ou vestígios pode-se fazer com que os fios da rememoração sejam capazes de fazer aflorar marcas deixadas ao longo do tempo, permitindo, desse modo, que seja edificado um significativo painel memorial por intermédio da subjetividade. A partir de resíduos, os poetas reconstituem um passado que se presentifica por meio das reminiscências e a literatura torna-se capaz de reinterpretar fragmentos do vivido.

 

 


Palavras-chave


Memória, Milonga, Negro.

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