Tupã - Sistema Online de Apoio a Eventos do CLAEC, I Encontro de Estudos Fronteiriços: línguas e literaturas na fronteira

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O PODER DE HUMANIZAR DA LITERATURA: BIFURCAÇÕES ENTRE REALIDADE E FICÇÃO
Juliane Della Méa

Última alteração: 25-12-2018

Resumo


Este artigo trata-se de um relato de experiência sobre um trabalho desenvolvido na disciplina de Língua Portuguesa com um grupo de adolescentes do oitavo ano do Ensino Fundamental, moradores em uma comunidade de baixa renda. O objetivo do trabalho foi (re)pensar sobre a prática de leitura literária no ambiente escolar tendo por finalidade a humanização dos sujeitos. Por vezes a realidade se faz tão massacrante e cruel, em especial nas áreas periféricas, que a reflexão sobre determinados atos explanados pelos meios de comunicação não sensibilizam como deveriam, incumbindo à literatura a tarefa de humanizar. Com a proposta de observar a relação entre Literatura e realidade, estabelece-se, no processo de interpretação dos textos, uma inter-relação entre arte e sociedade, a fim de promover o aprofundamento de questões relativas ao tema e ressaltar as semelhanças e diferenças entre as formas de narrar e apresentar a violência infantil. Assim, elegeram-se como corpus da atividade uma notícia, de gênero jornalístico, publicada no “Jornal Correio do Povo” de 19 de agosto de 2015, e “Cicatriz”, miniconto de Flora Medeiros, os quais são textos que espelham a sexualidade, especificamente a questão do incesto e estupro, e que sinalizam a abordagem da violência contra a criança, personagem central das duas histórias. Para desenvolver esta proposta, foi adotada a pesquisa bibliográfica e o método comparatista da Literatura Comparada, que fundamenta o cotejo de narrativas pertencentes a formas e gêneros narrativos diferentes, bem como, o levantamento de opiniões da turma. O estudo será amparado teoricamente em proposições de Henry Remak, Michel Foucault, Sigmund Schlomo Freud, Antonio Cândido, dentre outros.


Palavras-chave


Leitura; Literatura; Contexto Social

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