Última alteração: 04-01-2019
Resumo
Em um recorte da Tese de Doutorado “A Produção e a Percepção das formas Alofônicas das Fricativas no Processo de Aquisição da Língua Espanhola por Falantes Nativos do Português Brasileiro”, este estudo tem o foco no comportamento das formas alofônicas [B, D, G] como manifestações fonéticas das plosivas sonoras /b, d, g/ no Espanhol. De acordo com a literatura (QUILIS, 1999), as fricativas [B, D, G], assim como as plosivas [b, d, g], representam os fonemas /b, d, g/ em distribuição complementar: enquanto as primeiras se manifestam em contexto intervocálico e após segmentos não nasais, as outras têm o uso após pausa ou soante nasal. O ambiente linguístico que licencia tais fricativas pode ser atribuído a uma regra de assimilação, adequadamente formalizada pela Fonologia Autossegmental (CLEMENTS & HUME, 1995), que opera no tier do traço [contínuo]. O uso do alofone fricativo [D], entretanto, evidencia uma excepcionalidade: não é empregado após a soante lateral (baldosa [bal[d]osa). Essa restrição da língua é aqui discutida, explicada e formalizada segundo a Fonologia Autossegmental, por meio do Princípio do Contorno Obrigatório – OCP, proposto por idioma como Língua Estrangeira.
Palavras-chave
Referências
CLEMENTS, George N; HUME, Elizabeth V. The internal organization of speech sounds. In: GOLDSMITH, John (org.). The handbook oh Phonological Theory. London: Blackwell, 1995.
GOLDSMITH, J. Autossegmental & Metrical Phonology. Massachussets: Blackwell, 1990.
LEBEN, W. R. Suprasegmental phonology. Doctoral dissertation. Cambridge/MA: MIT, 1973.
QUILIS, Antonio. Tratado de Fonología y Fonética Españolas. Madrid: Gredos, 1999.