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HAITI EM CUIABÁ: DIÁLOGOS E ENTRELUGARES
LUCY FERREIRA AZEVEDO

Última alteração: 14-12-2020

Resumo


Cuiabá acolheu os Haitianos vindos do Norte brasileiro e, assim como em outros estados, não houve um grupo organizado e preparado para o acolhimento dos refugiados, exceto no que refere à regularização de documentos oficiais, além da recepção realizada por igrejas. As crianças e alunos adultos foram encaminhados para a escola pública – os adultos para o EJA, embora, no começo, não tivessem tradutores para melhor adaptação. Para esta pesquisa, a hipótese levantada foi se haveria uma dimensão de vida na qual os haitianos estariam mantendo uma zona de conforto que os potencializasse a ficar no Brasil ou aguentar um período de espera para retornar ao Haiti, uma vez que, em vários lugares da capital, como shoppings, bares, praças e escolas, muitos permaneciam sem emprego e dependendo de ajuda humanitária de instituições, embora, entre eles, tenham profissionais com diploma superior e aptidão para uma série de ocupações laborais. A pesquisa de campo e qualitativa teve o objetivo de investigar a produção simbólica, a significação e ressignificação dos fenômenos criativos de múltiplas linguagens, surgidas no entrelugar do diálogo e da cultura por meio das festas e rituais desenvolvidos em Cuiabá. As festas religiosas católicas ou evangélicas, os locais de conversas e/ou diversão, assim como o local de trabalho e estudo parecem configurar o entrelugar dos haitianos em Cuiabá. São momentos em que as identidades de projeto se projetam e possibilitam uma vivência possível no lugar onde são refugiados.


Palavras-chave


Cuiabá; Entrelugares; Haitianos; Festas religiosas; Refugiados.

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